RioBotz apresentou a palestra "20 years Thinking Ahead" no domingo, 16 de abril, último dia do evento

RioBotz impressiona na Rio2C

Robôs de combate e humanoide encantam público que prestigiou a palestra da equipe da PUC-Rio 

 

No último dia da Rio2C, feira que une inovação e criatividade, a RioBotz, equipe de competição de robótica da PUC-Rio, foi uma das atrações de abertura do evento no dia 16 de abril, às 11h. Com 12 robôs expostos, das mais diversas categorias, e uma arena para a demonstração de luta entre robôs de combate, os integrantes Matheus Amaral e Emilly Oliveira contaram um pouco da trajetória de sucesso da equipe com a apresentação “RioBotz: 20 years thinking ahead (20 anos pensando à frente)”. Além deles, os integrantes Gustavo Rocha e Guilherme Máximo completavam o time que auxiliou na produção da palestra para o evento. 

Matheus e Emilly mostraram o quanto a RioBotz é famosa nos EUA, por ter se destacado na RoboGames e na BattleBots, ficando entre as mais importantes concorrentes de robôs de combate no mundo, somando 66 medalhas nas duas competições. Além dos EUA, Japão, China Índia e, claro, Brasil (com a CCXP17, entre outras) estão entre os países que a RioBotz já conquistou mais de 200 medalhas nos últimos 20 anos. “Nos EUA, competimos com equipes formadas por engenheiros da Tesla, Audi e MIT, por exemplo. São pessoas com um nível de excelência altíssimo e, com as nossas vitórias, somos respeitados e queridos por todos. Até nos param na rua para tirar fotos”, contou Matheus, explicando que a BattleBots vai ao ar por lá na Discovery e, aqui no Brasil, está sendo exibida na Netflix. 

Ambos destacaram a importância de se unir criatividade, inovação, tecnologia e o melhor ensino da engenharia e da computação na hora de se construir os robôs. “Buscamos as melhores estratégias no desenvolvimento das armas de cada robô, do design, da programação e das técnicas avançadas que utilizamos”, reforçou Emilly.  

A inteligência artificial, tão em voga atualmente, sempre fez parte do dia a dia da equipe, e os alunos ressaltaram o quanto o aprendizado e as técnicas usadas são aplicados na indústria, como a de petróleo e gás, de transporte de carga ou de salvamentos, por exemplo. Por meio de sensores, os ensinamentos obtidos na RioBotz podem desenvolver robôs que inspecionam dutos de petróleo, ou que possuem técnicas de controle, mais avançadas, para percorrer um trajeto específico ou que utilizam posicionamento GPS para a identificação de objetos por meio de uma câmera em terrenos de difícil locomoção. “Temos pesquisas de robótica da PUC-Rio que foram utilizadas por alunos de medicina do MIT, nos EUA”, ressaltou Matheus. Ele disse ainda que a RioBotz costuma ser procurada por grandes empresas interessadas na testagem de novas tecnologias. “É um campo de inúmeras possibilidades e nossa experiência não se limita somente à competição. O aprendizado se traduz em pesquisas acadêmicas”, disse ele. 

O humanoide, “o queridinho da equipe”, como eles mesmo mencionaram, também foi um sucesso na apresentação. Com movimentos que precisam ser detalhadamente programados, Emilly citou: “é como ensinar um bebê a andar”. Ele dançou, bateu palmas e fez flexões, encantando a plateia. 

Mas o ponto alto foi o “UFC dos robôs”, como costumam chamar. A equipe levou robôs da categoria inseto, variando de 454g a 1,36kg. A arena da RioBotz — feita com policarbonato (material utilizado na blindagem de carros) e com a base pintada especialmente para a Rio2C — foi o palco da batalha que todo mundo queria ver. “Projeto, estrutura, materiais, tecnologia e um bom piloto são o que definem a vitória numa luta. Temos que ser os melhores dentro da arena”, ressalta Emilly, que contou ainda detalhes da criação dos robôs da família Touro: o pioneirismo da equipe no desenvolvimento do tambor (arma giratória na parte frontal do robô) e no diferencial que permite ao robô lutar de cabeça para cima ou de cabeça para baixo. “Ele é reversível e isso é um ganho competitivo gigantesco”, diz ela. Na luta com o Micro Maloney, que trazia um chassi feito em impressora 3D, Emilly levou a melhor. “Arranquei a roda do robô do Matheus e venci sem dificuldade”, comemorou. 

A apresentação contou ainda com vídeos de batalhas da RioBotz, outro vídeo com uma entrevista com o coordenador da RioBotz, Prof. Marco Antonio Meggiolaro, dada a uma TV americana e um resumo da trajetória da equipe desde 2003, quando foi criada. Emily finalizou a palestra com sua meta profissional: se formar em 2024 e criar sua própria equipe de competição de robôs: “Fui estudar na PUC-Rio por causa da RioBotz e o que aprendo ali está me oferecendo uma formação que eu não teria em nenhum outro lugar do Brasil.”  

segunda-feira, 17 de abril de 2023
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