Em evento do Rio Capital do G-20, especialistas e autoridades reafirmaram intenções para transição energética

Em evento oficial do Rio Capital do G-20, especialistas, autoridades e empresas reafirmaram intenções para transição energética   

“Enercity – Rio: Capital da Transição Energética em Cidades” foi promovido pelo IEPUC com apoio da Prefeitura do Rio e ONU-Habitat 

 

Na manhã da última terça-feira (28/05), no auditório do RDC, o Centro Técnico Científico recebeu autoridades, especialistas e representantes de grandes empresas no Seminário ENERCITY – Rio: Capital da Transição Energética em Cidades, promovido pelo Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC). Com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e da ONU-Habitat, o evento tornou-se oficial do Rio Capital do G-20 e contou com as presenças do Vice-Reitor da PUC-Rio, Marcelo Gattass, da Gerente de Programas no ONU-Habitat, Daphne Besen, do secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões e da secretária de Transportes, Maína Celidonio, entre outros presidentes e diretores da iniciativa privada, como Vibra Energia, Águas do Brasil, Urca Energia, KPMG, Metro Rio, entre outros.   

“Estamos diante de um projeto pioneiro. O IEPUC fez uma carta de intenções com a Prefeitura do Rio – por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico e da Invest.Rio – e ONU-Habitat, para estudar mecanismos de potencializar a transição energética, sabendo que é nas cidades que tudo acontece”, destacou o professor do IEPUC, David Zylbersztajn, durante a cerimônia de abertura.  O especialista enfatizou a ideia de que cidades inteligentes devem englobar a Descarbonização, Descentralização, Digitalização e a Democratização do acesso à energia. “A estes, eu acrescentaria mais um “D”, que ficou evidente após a Guerra da Ucrânia: o de Segurança energética”, explicou.   

O Vice-Reitor, Marcelo Gattass, reforçou o posicionamento da instituição na missão de transpor a produção de conhecimento para a geração de riquezas compartilhadas com a sociedade. Representante do ONU-Habitat, Daphne Besen, discursou que a cidade não deve ser vista apenas como o local dos problemas, mas como o de criação de possibilidades e realização de experiências. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, demonstrou os avanços em linha histórica que recuperaram o status de capital da inovação e tecnologia do município fluminense.   

 

 

 

O exemplo da capital fluminense   

O Rio de Janeiro concentra parcela significativa do capital humano, das empresas e das instituições públicas dedicadas ao setor energético do país. Isso a torna referência nacional na promoção do engajamento das cidades na jornada de transição energética. Partindo dessa premissa factual e histórica, o evento seguiu dividido em dois momentos: um eixo conceitual e outro em formato de debate, organizado em três eixos: Mobilidade Urbana; Eficiência, Edificação e Território Urbano; e Águas e Resíduos Urbanos. Neles, com a participação de representantes da iniciativa pública e privada, entre elas: Comlurb; Rio Trilhos; Promon Engenharia; Cury Construções; Vibra Energia; Metrô Rio; Águas do Brasil, Urca Energia e KPMG.   

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, citou ações e iniciativas da Prefeitura que visam transformar a cidade na Capital da Inovação da América Latina. Bulhões enumerou a presença de importantes empresas do setor localizadas no Rio de Janeiro e trouxe exemplos de pesquisas internacionais que avaliaram a cidade no mapa do desenvolvimento sustentável. O secretário também apresentou o “ISS Neutro”, programa municipal de incentivo tributário ao mercado de crédito de carbono, de até R$ 60 milhões, para estimular projetos verdes. “Trata-se de um modelo inovador de cidade que estamos adotando, evidentemente, certificado e auditado”, afirmou o gestor, trazendo também o exemplo do projeto de revitalização do centro em um “distrito de baixa emissão de carbono”.  

Em continuidade, o professor do IEPUC, Edimar de Almeida Lima conduziu apresentação de ideias sobre transição energética colocando no epicentro da questão a governança das cidades, problematizando ainda o desafio de implantação em regiões mais desfavorecidas do ponto de vista socioeconômico. “Não adianta falarmos desse tema sem reconhecermos e enfrentarmos essa realidade. É preciso incorporarmos uma transição justa com treinamento, política e apoio”, declarou o pesquisador do CTC/PUC-Rio. 

Iniciativas privadas em conjunto com o Setor Público  

O Diretor do IEPUC, professor Eloi F. Y Fernández articulou a moderação de três eixos temáticos, chamando para o palco os representantes do setor público e de grandes empresas para apresentarem suas ações sobre transição energética. Entre os principais apontamentos, comuns à maioria, foram citados os desafios jurídicos, de infraestrutura, de investimento e mercado. A integração entre modais e transporte público na mobilidade urbana foi tema do debate, assim como foram citadas iniciativas de melhorias no sistema de saneamento e tratamento de resíduos sólidos, com mais investimentos em logística reversa, economia circular e integração social.  

No encerramento, coube ao Presidente do G-20, Lucas Padilha e, novamente, ao Vice-Reitor da PUC-Rio, Marcelo Gattass, concluírem que universidade, poder público e iniciativa privada devem estar de mãos entrelaçadas no caminho do diálogo com o objetivo comum de afirmar o Rio de Janeiro como a grande escola de transição energética do mundo.  

 

Fotos: Divulgação SMDUE/ Jeff Augusto

segunda-feira, 3 de junho de 2024
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