Foto da equipe segurando o avião e o troféu na cerimônia de premiação da SAE Brasil 2018.

História da equipe

Foto da equipe segurando o avião e o troféu na cerimônia de premiação da SAE Brasil 2018.

A equipe AeroRio nasceu do sonho de dar asas a projetos inovadores de AeroDesign. Desde 2011, as mãos de alunos da PUC-Rio moldam o próprio avião e constroem a própria liberdade. Mostramos que é possível ir além: criamos nossos projetos do zero para conquistar não só os céus do Rio de Janeiro, mas do Brasil e de vários lugares do mundo. Trazemos a herança de coragem e paixão dos fundadores da equipe, aqueles que tiraram o primeiro avião do papel rumo aos céus. A vontade de explorar está nas nossas veias desde o princípio.

2011 - AeroRio é criada

O ano de fundação da equipe foi difícil. Na PUC-Rio, a experiência de AeroDesign já tinha acontecido com a equipe anterior, “AeroDesign PUC”, que tinha passado bons resultados expressivos, mas próximo dos anos 2010, perdeu força e teve que fechar portas. Assim, membros desvinculados dessa equipe trouxeram a ideia de renascer a equipe e voltar com o AeroDesign. Um conjunto de sete pessoas habilidosas, com poucos recursos, mas com uma força de vontade sem igual, criaram a equipe AeroRio.

2012 - O sucesso precoce

O aparente não sucesso na competição de 2011 foi muito importante para a equipe, servindo de aprendizado e de revisão dos conceitos, permitindo que o projeto pudesse ser melhorado e a equipe se tornasse competitiva. O projeto de 2012 era muito diferente. A carga paga era água, que envolvia desafios como o efeito slosh dado pela dinâmica de voo. Como o regulamento mudou radicalmente, os projetos das equipes foram nivelados e as condições de competição tornaram-se mais iguais para a equipe de apenas um ano, AeroRio. Após todo um ano de desenvolvimento e de análises, o resultado chegou e foi dourado. A PUC-Rio se consagrava campeã pela primeira vez em uma competição SAE AeroDesign. O resultado foi avassalador. Na frente de equipes referentes da área como ITA e EESC-USP, AeroRio subiu ao pódio pela primeira vez, apenas um ano depois do projeto aparentemente fracassado do biplano. Além do primeiro lugar, foram obtidas menções honrosas que mostraram o sucesso da equipe. A partir daquele ano, duas grandes frentes foram estabelecidas: segurança e Confiabilidade. Características de projeto que permitiram resultados futuros excelentes. O resultado vencedor também permitiu a classificação para a competição internacional, a East AeroDesign, em Fort Worth, Texas, nos EUA.

2013 - Primeira competição internacional e o bicampeonato

O ano de 2013 foi intenso e a equipe teve que acelerar com o projeto da East logo após a vitória de 2012. O projeto da East era diferente, que levou a equipe a tomar decisões de projeto diferentes. Além disso, o fato da competição ser fora do país também criava mais dificuldades. O resultado na competição de voo não foi dourado como a última. Isso não nubla o ótimo resultado obtido na competição técnica. A equipe obteve o prêmio de melhor relatório técnico, uma conquista difícil de ser obtida, mas que mostrou como a equipe aumentou sua bagagem técnica e já tinha conhecimento abrangente na área. Esse resultado deu forças para a equipe na competição do final do ano da SAE Brasil. O regulamento era similar ao de 2012, portanto a equipe partiu para melhorias e novas perspectivas. A inovação, experiência e confiança foram chave e renderam à equipe AeroRio seu segundo Campeonato, já colocando a equipe em patamares mais altos do AeroDesign.

2014 - A segunda East e o vice campeonato

Mais uma vez, o resultado de 2013 permitiu que a equipe viajasse à Geórgia nos EUA, para participar na East. Novamente, o ritmo era intenso e descansar era um luxo para a equipe. Com a experiência de dois anos de AeroDesign no âmbito nacional e a experiência de 2013, a equipe projetou o avião considerado o mais bem projetado de todos em sua histórias. Contava com características singulares e prometia ser um projeto bem sucedido, tanto que em voos em céus nacionais, estavam mostrando bons resultados. Contudo, intempéries do momento da competição, levaram que a equipe não conseguisse validar voos e seu resultado deixar a desejar em comparação ao que era esperado. Voltando da East, o projeto da SAE Brasil tinha que ser elaborado com pouco tempo, visto que a competição East era em Abril. Assim, outro avião de ponta foi projetado para a competição do final do ano. Possuía características diferenciadas como o característico diedro variável. A competição foi muito acirrada nesse ano. O regulamento deixava a água de lado e acabou nivelando todas as equipes novamente. A equipe Carkará da UFRN acabou levando a melhor. Por detalhes que acabaram passando por alto do sistema de aquisição de dados, um dos voos não foi validado, levando a que AeroRio terminasse com o vice campeonato nacional. Em paralelo, a equipe participava na categoria Regular, categoria muito competitiva e que a equipe não possui muita experiência. O resultado foi excelente e obteve o 14º lugar na classificação geral de em 70 equipes, mostrando a capacidade da equipe em desafios diferentes da Advanced.

2015 - Um ano de dificuldades

O ano de 2015 foi um divisor de águas. Apesar do vice campeonato de 2014, AeroRio já era considerada uma das melhores equipes de AeroDesign da classe Advanced. A limitação da competição de 2015 no projeto da aeronave era a limitação de peso vazio em 3 kg. Um desafio enorme para aeronaves do porte da Classe Advanced. O projeto era inovador e era competitivo. O avião possuía impressionantes 4 metros de envergadura e em torno de 12 kgf de empuxo estático, tendo uma previsão de peso máximo de decolagem de 30 kg. O projeto poderia levar o recorde de aeronave não tripulado com maior razão de peso total máximo contra peso vazio, igual a 10. O projeto sofreu muitas dificuldades, contudo, destacando problemas estruturais que levou à queda de protótipos. Em resumo, a equipe na competição nacional, não conseguiu se classificar no primeiro dia de voos e não pôde competir nos dias seguintes. Nesse sentido, AeroRio nesse ano saía de mãos vazias e teria que rever alguns pontos do projeto para o ano seguinte.

2016 - O vice campeonato e a oportunidade inesperada

Depois de um 2015 obscuro, vinha um ano em que algumas restrições de regulamento foram retiradas e permitiram que o projeto não fosse tão desafiador do ponto estrutural quanto em 2015. Isso contudo não facilitou os trabalhos em 2016. Poucos membros compunham a equipe desse ano. Isso levou a atrasos e uma certa correria nos prazos. Apesar disso, a equipe obteve um vice campeonato na SAE Brasil 2016, atrás da EESC-USP Charlie. O resultado de melhor sistema de aquisição de dados também foi conquistado mais uma vez, garantindo o destaque da equipe nesse quesito. O vice campeonato não garantiu a classificação para a East, contudo por questões alheias à AeroRio, a equipe EESC-USP cedeu a vaga por problemas internos. Dessa forma, o projeto East da classe Advanced Brasil, estava nas mãos da AeroRio.

2017 - Reestruturação e o tricampeonato nacional

O ano começou intenso com o projeto da East, que possuía objetivos complexos como lançar cargas em voo para acertar um alvo por meio de imagens em FPV. Vários protótipos foram desenvolvidos e alguns não foram bem sucedidos, caindo inclusive. A competição East 2017 foi dada em Lakeland, na Flórida, nos EUA. O resultado contudo foi nublado por problemas no sistema de FPV que invalidou alguns voos e reduziu a pontuação de voo da equipe. AeroRio terminou como sexta colocada, um resultado expressivo atrás de universidades importante como a Beijing Institute of Technology. Na volta da East, a equipe sofreu a saída de vários membros que eram fundamentais para o andamento da equipe, incluindo o capitão. Nesse sentido, a equipe sofreu uma forte reestruturação e adicionou membros novos que pudessem ajudar no projeto da competição brasileira de 2017. Com uma equipe composta fundamentalmente de membros novos, foi um ano complicado no projeto. O projeto foi desenvolvido às pressas por causa da East também e voou apenas duas vezes antes da competição. A equipe no ínterim venceu o Desafio Barracuda, mostrando a qualidade e confiabilidade do processo de manufatura da equipe em materiais compósitos.

2018 - O ano Dourado e o nascimento da equipe IMAV

Foto da equipe segurando o avião e o troféu na cerimônia de premiação da SAE Brasil 2018.

Depois do tricampeonato, os olhos de todos pousavam sobre a East. Uma equipe renovada e com garra para lutar na East projetou um avião que foi treinado e era confiável. Com sistema de FPV novo e muito mais confiável que os anteriores, as chances de bons resultados eram altas. As férias se passaram, e os membros tinham em mãos um projeto competitivo. Nos primeiros dias de Março a equipe partiu para Flórida. Já no primeiro dia de competição vieram notícias inusitadas. Na competição técnica, AeroRio ficou com a terceira colocação em melhor relatório e mais importante, a melhor apresentação oral. Um resultado impressionante e que foi vital para os dias seguintes. Com um projeto competitivo, AeroRio batalhou voo a voo com a temida Georgia Tech (Georgia Institute of Technology), a melhor equipe em anos da AeroDesign East. Foram dois dias de voos emocionantes e que AeroRio esteve por momentos na liderança. Detalhes, como sempre, definiram a vitória para a Georgia Tech. Com um resultado final apertado, a equipe AeroRio tornou-se a vice campeã internacional de AeroDesign, tornando-se o melhor resultado já atingido pela equipe. Essa colocação impressionante colocou a AeroRio na elite do AeroDesign. A volta dos vice-campeões mundiais tinha reservada um desafio para o futuro, a XX SAE Brasil AeroDesign. Novamente, a equipe renovada agora buscava refazer o projeto do zero, buscando defender a coroa e almejar pelo tetracampeonato.

2019 - Os “terceiros” e as vitórias em Madrid

Foto da equipe segurando o avião e o troféu na cerimônia de premiação da SAE Brasil 2018.

Depois de um ano de ouro, vinha o desafio da East 2019, que por si só é um capítulo na história da equipe. O regulamento mudou radicalmente, adicionando elementos nunca antes pensados, incluindo um planador, aeronave secundária, que deveria ser autônoma. Isso levou a ser um projeto de muitas frentes que teve que ser tratado via a estratégia Scrum. O ritmo foi intenso. O projeto contudo, devido à pressa teve algumas falhas, incluindo a queda de uma das aeronaves sobre uma árvore, mas por incrível que pareça, o avião continuou inteiro e inclusive voou posteriormente a isso. Assim, a equipe se preparou para ir até Fort Worth, Texas e participar na East mais uma vez. As condições de voo em Fort Worth eram muito diferentes às que a equipe estava acostumada. Ventos de través intensos passavam pelo campo de voo. Essas condições levaram ao desastre e o avião caiu no primeiro voo e foi perdido. Esse acontecimento levou a que a equipe toma-se medidas de ação fortes, como alteração da estratégia e a montagem da aeronave reserva. Rápida e ágil, a equipe soube a passar por cima dos obstáculos. Apesar das condições de tempo e de voo serem adversas, a equipe alcançou o terceiro lugar geral e o terceiro melhor relatório técnico, mostrando que apesar das dificuldades severas, a equipe tem garra e força para passá-las. Seguida da East, o projeto do brasileiro 2019 passou por uma renovação de membros. Novos membros entraram e alguns deles já participando do processo do projeto do avião, algo raro na equipe. Foi um ano longo também, com dificuldades principalmente em mudanças de última hora nas características da aeronave que derivaram em outras problemáticas. O projeto era competitivo e buscava defender a coroa de 2017 e 2018. O avião, apelidado Falcon, passou por dificuldades no segundo dia de voos incluindo a quebra do trem de pouso. A edição de 2019 foi marcada por mudanças na estrutura e layout de competição que levou a um certo desconforto geral do ambiente entre equipes. Além disso, o clima castigou e levou a condições de voo que por certos momentos eram favoráveis apenas à equipe AeroRio. Esses momentos, contudo, não foram páreos para a equipe Leviatã do ITA que foi superior e consagrou-se campeã nacional. A equipe AeroRio levou o terceiro lugar geral e também a sexta menção honrosa de melhor sistema de aquisição de dados, incluindo uma groundstation que apresentava dados variados de voo e também um horizonte artificial, novidade desse ano. Assim, os horizontes agora estão abertos e novos projetos no estão à espera de novas competições.

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