Devido à pandemia de COVID-19, a demanda no setor de transporte de
carga para suprimentos médicos e domiciliares, alimentos, material de higiene e
de limpeza tem aumentado. Para garantir que essa atividade seja segura
para todos os envolvidos (empresas e clientes), a Defesa Civil do Estado do Rio
de Janeiro estabeleceu um conjunto de recomendações relativas à
higienização para manuseio e transporte de carga como uma das medidas de
prevenção e controle da COVID-19. Essas recomendações deram origem ao
manual “Medidas de Higienização para Transporte de Carga no Estado do Rio de
Janeiro”, disponível no link http://www.defesacivil.rj.gov.br/images/sedec-arquivos/medidas-de-higienizacao-covid-19.pdf.
O manual foi desenvolvido em parceria com a Profª Adriana
Leiras, do Laboratório Humanitarian Assistance and Needs for Disasters (HANDS),
do Departamento de Engenharia Industrial (DEI) do Centro Técnico Científico da
PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), voltado para pesquisas em Logística Humanitária e Gestão
de Operações em desastres, crises e emergências; a Major Renata Albergaria
de Mello Bandeira, professora dos Programas de Pós-graduação em Engenharia de
Transportes e de Engenharia de Defesa e membro do Subgrupo de Logística
Humanitária do Instituto Militar de Engenharia (IME); e Tharcísio Cotta
Fontainha, professor do Programa de Engenharia de Produção da Coppe/UFRJ.
Entre as orientações, o manual inclui cuidados com embalagem e
manuseio da mercadoria, com o veículo, com a empresa responsável pela entrega,
o entregador e o cliente final. As medidas explicam também como promover
treinamento e monitoramento da saúde dos funcionários e a forma pela qual a
mercadoria deve chegar no cliente, que também deve fazer uma nova higienização
nos produtos e nas mãos.
As empresas devem treinar seus funcionários para o uso do
equipamento de proteção individual (EPI) e distanciamento, monitorar a
temperatura dos entregadores e motivá-los a perceberem sintomas como tosse
seca, nariz escorrendo, dificuldade de respirar, febre, para informarem de
imediato à empresa. Caso algum funcionário apresente os sintomas da COVID-19,
ele deve ser afastado e orientado a procurar um hospital.
Para qualquer atividade, antes de começar e depois de finalizar,
orienta-se lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos; limpar as
superfícies com pano descartável, álcool 70% ou solução hipoclorito a 1% antes
de começar a manusear os produtos; usar equipamento de proteção individual
(EPI). As pequenas embalagens e máquinas de cartão devem ser envolvidas em
plástico filme PVC e higienizadas com álcool 70%. Outras formas de pagamentos
como aplicativos e cartões com sistema RFID também devem ser feitas com o
mínimo de contato possível. Além de cliente e entregador manterem uma distância
de dois metros, devem usar álcool 70% nas mãos. O cliente depois de receber sua
mercadoria deve jogar fora o plástico PVC e higienizar novamente as mãos.
Com os veículos, é necessário limpar as maçanetas, volantes,
câmbios, botões do painel e apoiadores de braços com pano descartável e álcool
70%; higienizar o local onde a mercadoria vai ficar; deixar o ar circular na
parte interior; refazer a higienização a cada trocada de turno e é fundamental
que os frascos com álcool sejam retirados de dentro dos automóveis.
“Para evitar interrupções na cadeia de suprimentos e o
desabastecimento de pontos de venda, é essencial garantir o transporte de
mercadorias. No entanto, o mesmo precisa ser feito de forma responsável para
garantir a segurança de trabalhadores do setor e do cliente que recebe o
produto”, reforça Adriana Leiras, do CTC/PUC-Rio.