CTC/PUC-Rio busca hospitais para testar programa que otimiza filas de cirurgias

O Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) procura hospitais para testar a mais nova versão de um programa voltado para a redução de filas de cirurgias. A atualização, muito mais rápida que a original, faz uso de algoritmo de otimização com inspiração quântica, permitindo a análise simultânea de diversas soluções. O sistema foi criado em 2014 pelo engenheiro Dario Bolivar em seu programa de Mestrado, e atualizado este ano pelo aluno René Gonzaléz, também mestrando sob a orientação das professoras Marley Vellasco e Karla Figueiredo. O programa faz uso de modelos computacionais inteligentes e estabelece prioridades, levando em consideração prazos máximos de atendimento, a conciliação da agenda dos médicos, anestesistas, enfermeiros, instrumentadores, exames de saúde, além da disponibilidade de sala de cirurgias, CTI e enfermaria, equipamentos e próteses etc.

 

Além de poder ser operado em um computador convencional, a principal característica da versão atual do programa é a sua rapidez. “A computação com inspiração quântica permite a consideração simultânea de possibilidades, podendo combinar diversas variáveis (agenda do médico, quantidade de médicos, especialidade etc.), resultando em melhor performance do sistema”, declara a Profª Marley Vellasco. O sistema organiza a marcação de cirurgias, partindo do pressuposto de que o paciente já tenha feito todo o pré-operatório. A distribuição da fila leva em consideração requisitos como a gravidade do problema e a idade da pessoa. A ferramenta também pode considerar restrição do deslocamento do paciente na fila, de modo que quem está em primeiro lugar não fique por último, caso apareçam quadros mais graves.

 

O programa ainda não foi testado com dados reais e, por isso, as professoras buscam hospitais que queiram participar desta validação. “A questão é bem complexa, já que envolve diversos fatores e depende dos recursos disponíveis em cada unidade de saúde. Mas a solução pode ser desenvolvida como produto e tornar o atendimento ao cidadão mais eficiente do que o que existe hoje”, completa a Profª Karla Figueiredo.

 

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quinta-feira, 6 de setembro de 2018
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